50 Anos de existência

domingo, 24 de outubro de 2010

50 minutos...50 horas...50 dias...50 ANOS!

Cada dia que passa sinto orgulho em começar a idealizar este espaço, numa divulgação abrangente para que todos possamos acompanhar de bem perto esta arte. Tentarei dar a conhecer todos os pormenores, técnicas, os segredos dos Mestres! Até agora esta oficina familiar trabalhava no prefeito anonimato, sempre vivemos na perfeita humildade em prol do nosso trabalho, mas conseguimos valorizar algumas das bibliotecas dos nossos clientes, é esse o sentimento de regozijo que manifesto no dia-a-dia, incentivando o meu pai e tio a readquirirem um estatuto nas artes que bem merecem!
Não são 50 minutos, não são 50 horas, não são 50 dias, são 50 anos!
Não podia deixar de empenhar-me neste projeto, para todos aqueles que pertencem ao nosso mundo, cada vez mais valioso, e neste momento de crise económica, em que sabemos que estes pequenos artistas bem a sofrem na pele, tudo é ultrapassado pela paixão desta "arte dos ofícios", e com isso tudo esquecemos. Confesso que senti que o meu pai estava a baixar os braços, a idade já não perdoa, mas hoje vejo o meu pai com outra vivacidade, outra alegria, e sinto que lhe estou a prestar a verdadeira homenagem.
Os mestres devem ser relembrados, e este espaço será eterno!
Ao longo do percurso desta pequena oficina, mas de grandes homens,  fomos vivendo com algumas dificuldades, sabendo de antemão que este trabalho não nos enriquece monetariamente, mas o enriquecimento através do conhecimento é a maior dádiva que esta profissão nos deu, numa perfeita universidade da vida. Estes mestres continuam o seu caminho, e fico feliz pelo reconhecimento, agradecendo a toda a comunicação social o trabalho extraordinário que estão a prestar a este ofício de artesão, muitos deles a desaparecerem e sem seguidores.
Confesso que o meu pai e tio numa primeira fase ficaram um tanto adversos à ideia da comunicação social, dizendo eles que nesta idade nada disto seria necessário, mas sabendo que muitos de vós amam as artes e desconheciam o que se fazia pela cidade de Leiria neste ramo, dei azo à minha criatividade. Sejam bem vindos!

Carlos Simões

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