50 Anos de existência

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Até já meu amigo Adriano Santos !

Choro convulsivamente...Perdi um amigo, daqueles que já não existem. Amigo de família à longa data, era um homem admirável, no seu trajecto profissional só ao alcance dos predestinados, na sua vida social, cultural, artística e desportiva. A sociedade perdeu um homem íntegro, sério, humilde e respeitável, ficamos com uma sociedade mais pobre. A cultura perdeu um homem multi-disciplinar, que amava os livros, numa paixão desigual, a cultura ficou mais pobre. A música perdeu um dos grandes impulsionadores da velha guarda do Orfeão do antigo BNU (Banco Nacional Ultramarino), a música ficou mais pobre. O desporto perdeu um dos fundadores da União Desportiva de Leiria, como ele gostava de o dizer, ostentando o sócio nº1 no seu cartão. Foi este homem que num balcão do BNU formou o clube da cidade, de todos os Leirienses, o desporto ficou mais pobre.
Nós, seus amigos, ficámos mais pobres, irremediavelmente mais pobres, com esta despedida inesperada. Como homem de fé, acredito que ainda nos vamos reencontrar, ora discutindo o seu Sporting Clube de Portugal, ora o meu Sport Lisboa e Benfica. Éramos os adeptos mais perfeitos deste mundo desportivo. Já sinto saudades suas, e obrigado pela sua preocupação diária em saber como estava em terras de Angola.

Até já meu amigo Adriano Santos!

Carlos Simões

2 comentários:

  1. Obrigada pela amizade que dedicaram ao meu Pai. E para que conste, eu também sou muito vossa
    amiga.
    Isabel Santos

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  2. Querida Isabel Santos, o seu pai está sempre ao nosso lado. sentado naquele banquinho junto à nossa mesa de trabalho. Contando as suas histórias que recordo com emoção. Mesmo longe, ele sempre me acompanha. Foi sempre carinhoso comigo, e preocupava-se com a minha vida. Esses momentos não esqueço. Sei que um dia ainda o vou reencontrar, é na Fé que vamos trilhando o nosso caminho. E o seu pai é um homem de fé. Dizia-me muitas vezes "...tudo se constrói desde que nunca nos falte a vontade de ultrapassar os obatáculos". È essa Fé que eu guardo no meu coração e relembro com saudade.

    Carlos Simões

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